Hoje vou contar 2 mambos que se passaram com o meu bolide – o meu lindinho, bonitinho, tao amado BMW branco que me ofereceram em 76 quando tirei a carta e quem me deu esse nao me da mais! O primeiro mambo aconteceu em 77, na Samba, Bairro Azul. Se nao me engano, a rua chamava-se Francisco de Sotto Mayor, mas era conhecida pela rua do Tivoli. Eu estava sentada no carro, parada a porta de uma casa ja la no fundinho da rua, antes da curva, a mesma casa onde uns dias antes do Natal de 79, uma explosao destruiu a parte toda traseira, com consequencias mortais para um dos moradores. Mas isso e outro mambo e esse e triste. Conforme eu dizia, estava eu quietinha no meu carrito, sem fazer mal a ninguem, quando de repente, vem um camiao enorme por tras, passa por mim a toda a velocidade e ao passar, a parte de cima do reboque fica presa num galho enorme da tal arvore. O motorista nem topou! Continuou a mesma velocidade e de repente eu ouvi um barulho ensurdecedor. Olho para tras e fico de boca aberta: o banco traseiro tinha desaparecido! O tal galho tinha caido em cima do carro e estava sentadinho no banco de tras! Por sorte nao estava la ninguem! Devo dizer antes que alguem pergunte, que o bolide recuperou bem desse acidente.
O mesmo ja nao posso afirmar do acidente seguinte. Esse passou-se em 80. Era o dia do aniversario do Luis e ele decidiu ir a Corimba (tinha la uns kambas) arranjar cerveja. Foi com 2 amigos. O acidente aconteceu quando eles ja estavam de volta. Iam na estrada da Corimba, e embora ele tenha jurado que nao, aposto o meu ultimo euro em como iam a alta velocidade. De repente, atravessa-se um animal a frente do carro – o Luis passou-lhe por cima com a roda da frente e o carro virou. Ele saiu ileso, o amigo que ia a frente tambem e so o outro passageiro e que foi atirado para fora do carro pelo vidro de tras e “limpou” uns metros do asfalto com as costas, tendo de ficar no hospital uma noite. Considerando como o acidente foi aparatoso e como o carro ficou totalmente destruido, eles tiveram muita sorte! O Luis disse que tinha sido impossivel evitar o rinoceronte, os outros dois estavam convencidos que tinha sido uma cabra, mas ele jurou que se era cabra era do tamanho de um rinoceronte e so teve pena que por ter ficado sem carro, nem sequer pode trazer a besta para casa, para o churrasco da festa!